Em
épocas que a Nintendo estava perdendo o mercado, a SEGA estava com
tudo e mais um pouco com seu Mega Drive, apesar do console apenas ter
"jogos reposta", ele rendia bem.
O Mega Drive já tinha um grande acervo de jogos,
principalmente pela parte dos ports de Arcade quase impecáveis, Altered
Beast e Golden Axe eram os preferidos, mas a empresa ainda procurava
algo a mais. A Nintendo tinha Mario como seu mascote e carro chefe, o
jogo era tão famoso que tinha até filme, a SEGA tinha até então Alex
Kid, um jogo também de plataforma, mas um pouco mais complicado de se
entender, ela então decide mudar e criar algo diferente, algo bastante
rápido e azul, Sonic the Hedgehog aparecia.
O
jogo foi um sucesso imediato, virou febre e fez a Nintendo tremer as
pernas para o lançamento do SNES que só iria acontecer no mês
seguinte, a disputa então estava mais acirrada que nunca.
Com
o lançamento do SNES, o confronto das duas gigantes ficavam de igual
pra igual finalmente, quase todo jogo das thirdy parties eram lançados
para os dois consoles, contendo pequenas diferenças de um para o
outro quase imperceptíveis, a SEGA como sempre foi ambiciosa, apostava
nos jogos estilo Arcade e estava com planos para o próximo jogo do
azulzinho, enquanto a Nintendo apostava em jogos mais de aventuras e
RPG, mantendo uma linha parecida com a do NES.
Tudo estava de igual pra igual até
o lançamento de Street Fighter II para o SNES, um port praticamente
igual ao Arcade, o SNES tinha 6 botões como as maquinas, fora o sistema
de som que também era melhor que o console da SEGA, porém ela não iria
deixar por menos, a SEGA dava seu primeiro passo na linha de
upgrades, ela criava o controle de 6 botões.
Uma
versão não muito diferente do controle atual era lançado para obter
padrões de jogos diferentes, com mais foco nos de luta, bastante aceita
no mercado, não demorou muito para se manter como controle oficial do
Mega Drive, o console então receberia jogos com mais uso de botões,
incluindo uma versão de Street Fighter II. Não tão fiel ao Arcade
quanto a versão do SNES, a versão do Mega Drive também se tornou
bastante popular, recebendo criticas sobre uma jogabilidade com uma visão "diferente" por ter seis botões um próximo ao outro ou mesmo pelo
fato do delay do SNES ser maior, o port chegou atrasado e com um nome
diferente...
No Japão, o console recebia mais
ports de Arcades não tão reconhecidos, porém em época em que Animes
dominavam o canal da nossa infância, a Manchete, Yu Yu Hakusho: Sunset Fighters
ganhava bastante atenção lá e era bastante aguardado aqui, apesar que
só foi lançado no nosso país anos depois, nos Estados Unidos ele não
obteve muitas vendas, aqui foi justamente o contrário, recebendo até
mesmo um port traduzido para o português.
Voltando em 1992 o Mega Drive
ganhava Sonic the Hedgehog 2, se tornando mais popular que nunca, o
ouriço abria as portas e mostrava o Blast Processing atuando, pouco
tempo depois ainda neste ano, o Mega Drive receberia um dos jogos mais
polêmicos do mundo, Mortal Kombat.
Vários ports do jogo foram
lançados para consoles, mas apenas um obteve a fidelidade ideal que
todos queriam... A versão do Mega Drive não tinha a censura dos outros
consoles, ou seja, era sangue e mais sangue sendo jorrado na tela,
sendo o primeiro jogo do mundo a receber restrição de ser permitido
apenas para maiores de 17 anos (18 no Brasil).
Com o tempo passando, a SEGA então
começou a pensar sobre o futuro do console pra dar mais um upgrade,
com o marketing a tona, o Mega Drive recebia bastante atenção, fora que
o preço tinha sido reduzido e jogos como Sonic 3 estavam pra sair,
não demorou muito para a chegada dos acessórios, SEGA CD e 32X..
O
SEGA-CD já tinha sido lançado no mercado Japonês ainda em 1991, mas
só deu as caras no mercado ocidental em 1993, devido aos seus poucos
jogos não se tornou popular, na verdade, chegou a ser prejuízo por ser
um item caro e extravagante.
O
acessório permitia rodar CDs de musicas comuns além de jogos
específicos, pra ele ser instalado era necessário coloca-lo por de baixo
do console, o ponto mais negativo é que precisava de energia a mais,
vindo com uma fonte externa, era cabos e mais cabos para serem
conectados.
Recebendo alguns
títulos marcantes pelo fato de trazer cenas de filme, ele não chegou a
ser um total estrago, Sonic CD foi lançado e obteve muito sucesso, o
jogo apresentava coisas inovadoras e mostrava muito da potência do Mega
Drive com o novo upgrade.
Mas ainda sim não foi o suficiente
para boas vendas e também não fez a SEGA desistir do mercado de
acessórios para seu console, pouco tempo depois ela lançaria mais um
"upgrade" que não levaria a muita coisa mais uma vez, o 32X estava pra
nascer.
Sendo ainda um pouco mais pratico que o ultimo acessório,
o 32X precisava de cabos e uma fonte a mais, mas sendo posto no lugar
do cartucho ao invés de todo um encaixe perfeito na parte de baixo,
ele era menos rude.
Com poucos títulos, o 32X fez o
mesmo sucesso do SEGA-CD, ou seja, quase nenhum. Knuckles Chaotix como
um dos jogos principais era uma das atrações do acessório, ele também
recebeu um port consideravelmente fiel de Doom e de Primal Rage entre
outros títulos interessantes, mas ainda assim conseguiu um publico
obscuro, porém recordável.
Com os jogos do Mega Drive em si
ainda fazendo mais sucesso que o SEGA-CD e o 32X juntos, o suporte para
os acessórios teve um fim rápido, mas isso eu só vou entrar a fundo na
terceira parte, nela começo a falar sobre a queda do Mega Drive e
fatalmente, da SEGA.
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